Sem preparo, a mudança não acontece

Quantas vezes você já disse: “Segunda eu começo”? E quando a segunda chegou, nada aconteceu?

Isso é a prova de que a mudança precisa de preparação. Existe um estágio chamado justamente de preparação, e ele é essencial. É quando você já reconheceu o problema, já decidiu mudar, mas ainda não agiu.E tudo bem. Esse momento é sobre planejar.

Perguntas que ajudam:

●      O que exatamente vai mudar?

●      Como isso vai ser feito?

●      Que obstáculos vão surgir?

●      Qual será sua estratégia quando bater a vontade de desistir?

Por exemplo: se o objetivo é emagrecer, adianta apenas dizer “vou comer melhor”? Ou faz mais sentido já pensar em estratégias práticas, como reorganizar a despensa, preparar marmitas ou evitar passar no mercado com fome?

Outro recurso poderoso é assumir um compromisso público: dizer em voz alta, para alguém, qual mudança vai fazer e quando vai começar. Isso nos tira do campo do desejo e nos coloca no da responsabilidade.

Mudar sem se preparar é como querer correr uma maratona sem treinar: você até começa, mas para no primeiro quilômetro.

O mito da linha reta

Outro erro comum é acreditar que mudança é uma linha reta.Você decide, se esforça, supera obstáculos e… pronto. Na prática, sabemos que não é assim.

Você começa animado, dá dois passos, tropeça, volta atrás, duvida de si mesmo… e às vezes repete esse ciclo inúmeras vezes. E tá tudo bem. Isso não é fracasso, é o processo real de mudança.

Prochaska chama isso de modelo em espiral. A gente avança, mas dá voltas. Às vezes parece que voltamos para o mesmo ponto, mas voltamos diferentes: mais conscientes, mais preparados, com mais recursos emocionais.

E essa é a chave: quando você entende que tropeçar faz parte, para de se punir por não ser perfeito. Aprende a cair e levantar com mais inteligência, mais estratégia e mais compaixão por si mesmo.